Atiradores estavam atrás do marido dela. Baleada na cabeça, vítima morreu na rede onde dormia; filho também foi baleado.



Na madrugada desta terça-feira (07), por volta das 2h30, Lúcia de Souza Costa, de 41 anos, teve a casa invadida e foi morta a tiros na rede onde dormia, em Tomé-Açu, nordeste paraense. Além do assassinato da mulher, o filho dela, que também dormia no local, foi baleado na perna pelos atiradores que, segundo a Polícia Militar local, foram até a casa com a intenção de matar o marido de Lúcia, que não estava na residência no momento.

A 14ª Companhia Independente de Polícia Militar (CIPM) informou que foi acionada para atender a uma ocorrência com baleamento no bairro Maranhense, perto da avenida Dionísio Bentes. Chegando ao local, eles encontraram populares que informaram que o rapaz de 20 anos que foi ferido já tinha sido levado à Unidade de Pronto Atendimento (UPA), mas o corpo da mãe dele, morta com tiros na cabeça, ainda estava dentro da casa.

Segundo o rapaz, três homens encapuzados e que não puderam ser identificados entraram na residência de sua mãe no meio da noite, procurando pelo padrasto dele. Eles gritavam o tempo todo com Lúcia, que ainda estava deitada na rede em que dormia, perguntando onde o homem de nome Martinho estava. “Cadê aquele safado?” teriam dito os assassinos, repetidas vezes. Conforme apurado pela PM, o homem não estava ali no momento porque tinha vindo para Belém no dia anterior para passar por uma cirurgia, precisando retirar projéteis de arma de fogo do pescoço, decorrentes de uma tentativa de homicídio anterior.

Depois de vinte minutos de desespero, com os homens armados ameaçando mãe e filho, um deles sacou sua arma e atirou contra Lúcia na cabeça. Antes de sair, eles ainda atiraram na perna direita do rapaz, que assistiu enquanto a mãe agonizava sem poder fazer nada além de gritar e chorar.

Martinho vivia há cerca de um ano com Lúcia, e segundo a CIPM, ele pode ter envolvimento com o tráfico de drogas, estando no meio de uma disputa sangrenta com criminosos da região. Ele foi baleado há cerca de um mês por homens que o abordaram em um sítio, e por causa desses ferimento, veio para a capital, deixando a mulher para trás.

A Polícia Civil de Tomé-Açu investiga se a hipótese de morte por causa de conflitos no tráfico de drogas é real, e também tenta identificar os assassinos que invadiram a casa da mulher, bem como localizar o marido dela e saber qual a ligação dele com o caso. Até o momento, nenhum envolvido foi preso.

Com  informações de O Liberal